Labirinto
Caminho entre curvas porque não há retas,
a meta à minha frente ficou para trás.
Viajo sozinho e busco entender,
ninguém, no entanto, sabe explicar.
De onde eu venho, não tenho lembrança,
pra onde eu sigo, não sei definir.
E quando eu penso que encontrei o futuro,
o cerco se fecha e não dá pra sair.
O novelo é gigante, enorme o barbante,
não há nada adiante, atrás muito menos.
Girando o relógio, ponteiros disparam,
e minha cabeça abraça o vazio.
A vida sucata jogada num canto,
enquanto a esperança, está por um fio.