Labirinto

Caminho entre curvas porque não há retas,

a meta à minha frente ficou para trás.

Viajo sozinho e busco entender,

ninguém, no entanto, sabe explicar.

De onde eu venho, não tenho lembrança,

pra onde eu sigo, não sei definir.

E quando eu penso que encontrei o futuro,

o cerco se fecha e não dá pra sair.

O novelo é gigante, enorme o barbante,

não há nada adiante, atrás muito menos.

Girando o relógio, ponteiros disparam,

e minha cabeça abraça o vazio.

A vida sucata jogada num canto,

enquanto a esperança, está por um fio.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 13/06/2011
Reeditado em 10/10/2015
Código do texto: T3032702
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