Entre dois espelhos

Compor é traduzir o que não se traduz.

É recortar pedaços de vida e torná-los paisagens de ficção.

Tão mentirosos e tão naturais!

É expor o que você nunca pensou em dizer,

Mas sempre pensou sem pensar.

Existe poesia no seu trânsito sanguíneo.

Existe poesia no crescimento do seu cabelo.

Não sei como nada disso funciona

E, no entanto, tudo acontece ao meu redor

E dentro de mim.

A metapoesia

É o olhar entre dois espelhos

Que nos refletem um no outro

Constantemente,

Incontavelmente

E pra sempre.

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 13/06/2011
Reeditado em 13/06/2011
Código do texto: T3032337
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