A temática que nunca é abandonada

Nada demais

Só estou me recordando

Dos primeiro raios solares

De um domingo brilhante

Adentravam pelas frestas da janela

Já íntimos de nós

Pois nos conheciam desde tempos idos

E nós estávamos apenas a nos conhecer

Passaram-se tantos domingos

Como aquele

Em que o sol fervia no céu

E nós, na Terra

Fervíamos ao compasso

Do latente desejo

Movíamos como as placas tectônicas

Sob o magma do centro da Terra

Incendiando a alma

Amenizando a pressa

Ficávamos mais bonitos

Juntos

Assim como toda matéria

Enfim,

Deixa de ser aquilo e torna-se isso

Também, deixamos de ser nós mesmos

Quando passamos a conhecer de fato

Aquele estranho que morava ao lado

Assim como a superfície terrestre

Sob o poderoso calor das atividades vulcânicas

Dissipam-se,

Nós nos separamos

Para outras terras encontrar

Mas o fogo nunca se apaga, não é mesmo?

Daiane Cristalina
Enviado por Daiane Cristalina em 13/06/2011
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