A temática que nunca é abandonada
Nada demais
Só estou me recordando
Dos primeiro raios solares
De um domingo brilhante
Adentravam pelas frestas da janela
Já íntimos de nós
Pois nos conheciam desde tempos idos
E nós estávamos apenas a nos conhecer
Passaram-se tantos domingos
Como aquele
Em que o sol fervia no céu
E nós, na Terra
Fervíamos ao compasso
Do latente desejo
Movíamos como as placas tectônicas
Sob o magma do centro da Terra
Incendiando a alma
Amenizando a pressa
Ficávamos mais bonitos
Juntos
Assim como toda matéria
Enfim,
Deixa de ser aquilo e torna-se isso
Também, deixamos de ser nós mesmos
Quando passamos a conhecer de fato
Aquele estranho que morava ao lado
Assim como a superfície terrestre
Sob o poderoso calor das atividades vulcânicas
Dissipam-se,
Nós nos separamos
Para outras terras encontrar
Mas o fogo nunca se apaga, não é mesmo?