A matéria de não ser
Sou animal jogado à vida
De minhas feridas, faço conjuração
Ao passado infinito, do meu labirinto
Faço escuridão
Sou estrela da neve, ao que tudo me fere
Sem os olhos abrir
O fruto é perfume, mas como vagalume
Com a luz refletir
Sou algoz dos meus atos
Caminho desesperado tentando acertar
Decisões no relapso, dentro do meu colapso
E meu medo de errar
Sou aquele que chora
Sempre a cada nota
E que nunca se importa
Eu espero com amor
Sou aquele que ama
E que mesmo assim se engana
Com quem sente que encanta
Mas me causa dor
Mas no fim nada sou
Pois não posso tocar
Melodia do ser
Natureza de estar