A matéria de não ser

Sou animal jogado à vida

De minhas feridas, faço conjuração

Ao passado infinito, do meu labirinto

Faço escuridão

Sou estrela da neve, ao que tudo me fere

Sem os olhos abrir

O fruto é perfume, mas como vagalume

Com a luz refletir

Sou algoz dos meus atos

Caminho desesperado tentando acertar

Decisões no relapso, dentro do meu colapso

E meu medo de errar

Sou aquele que chora

Sempre a cada nota

E que nunca se importa

Eu espero com amor

Sou aquele que ama

E que mesmo assim se engana

Com quem sente que encanta

Mas me causa dor

Mas no fim nada sou

Pois não posso tocar

Melodia do ser

Natureza de estar

kurannymercurium
Enviado por kurannymercurium em 12/06/2011
Código do texto: T3031051
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