Quantos

Quantos Homens

a Fonte

já viu passar?

Quanta dor,

quanto amor,

desfilaram

nessa Alameda?

Homens passam

carregando

o que são;

e deixam

nesse chão

uma marca,

um sinal,

de que viveram

em vão.

Nada lhes restou,

só a Fonte sobrou

para assistir

outro ir e vir,

na eterna Mandala

que nada fala.

Os Homens seguem,

o solo

os acoberta

e o esquecimento

apaga

seus sonhos,

feitos,

quimeras

e Primaveras.

Quantos Homens

a Fonte

ainda verá?

Quantas almas

sonharão

nessa Alameda?