NINGUÉM A ME ESPERAR
Já não tenho ninguém a me esperar...
O silêncio em calma passeia pela casa.
As coisas acomodadas no mesmo lugar.
Falta aquela chama, aquela brasa
Que me aquecia no seu natural calor.
Já não tenho ninguém a me esperar...
Até o retrato na parede parece pálido, sem cor,
Fazendo parte do silêncio que chegou para ficar.
Já não tenho ninguém a me esperar...
Até o medo se aquietou em mim. Faço parte
Dos abandonados, na esperança de te encontrar
Você e no céu de meu Deus poder amar-te.
DIONÉA FRAGOSO