A FORÇA

Há uma força em mim.

Ora a domino.

Ora sou dominado.

Esta força, às vezes,

Traduz-se em Angústia

Desejos

Amor

INCERTEZAS...

São torrentes que rompem diques.

Águas que se acumularam durante anos

E que agora querem se extravasar.

São instintos que controlo com a razão.

Outra hora são eles que me controlam a minha alma.

Sinto-me forte: sou dono da situação.

Sinto-me fraco: sou controlado pela força

Nesta inconstância e alternância, sei o que sou:

-não sou anjo

-não sou demônio

SOU HUMANO!

SINTO.

VIVO.

AMO.

Sinto o que aflora em meu coração.

Vivo, porque em mim há dúvidas.

(quem não duvida está morto)

Amo carnalmente quem está próximo

(sou apaixonado)

Amo platonicamente quem está longe

(habita meus sonhos)

Sentir, amar, sonhar.

Simplesmente viver.

Tudo se mistura e se torna esta força que me angustia.

Angústia que em mim é vida.

L.L. Bcena, 19/10/1999

POEMA 154 – CADERNO: O DESABROCHAR DA VIDA.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 12/06/2011
Código do texto: T3030012
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