O que corre
O que se vê através da janela
Resultados de dores e experiências galácticas
Glaciais flocos de desespero
Que caem em forma de lágrimas
Os olhos de quem não pode lutar
Sem deixar as próprias costas desguarnecidas
Livres de ansiedade ou pavor estridente
Veja, é a lua caindo sobre você
Você, morre, você, vive
Faça algo antes de começar
E ao terminar, não faça nada
A minha pele é veludo
Agraciada com pecados
Feita de musgos, de cores, de suor
De mentiras doces, de sabor salgado
Que te engana hoje, se desculpa amanhã
Eu não quero te ver, contando sobre seu dia
Porque o meu dia é o que você não quer ouvir
Nem sentir, nem cheirar, nem pensar
Já o sol, ternura de seus sonhos
Asas de desejos, sublimes e carnívoros
O que te faz rezar para vencer
È o que todos pedem para comprar
A sua pele, minha pele
Sangue por todos os lados
Do meu sangue você não conhece
As intérpretes dos meus objetivos
O sangue não é sofrer
È apenas o que corre, sem sabermos
O que tem, por trás da lua