Tempo

Sentei-me na cadeira do tempo,

Em uma praia de negra escuridão;

O silêncio embala-me,

Enquanto, teço um tapete sem fim.

As lágrimas que aqui caem,

Cruzam a areia,

Enchem os mares,

E percorrem os oceanos;

Amanhã desembocarão em alguma porta,

Baterão com tanta força

Que a porta se abrirá,

E assim, uma enchente transbordará tudo

E estará decretado o fim do tempo.

Karla Alves
Enviado por Karla Alves em 11/06/2011
Reeditado em 11/12/2012
Código do texto: T3028081
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