Tempo
Sentei-me na cadeira do tempo,
Em uma praia de negra escuridão;
O silêncio embala-me,
Enquanto, teço um tapete sem fim.
As lágrimas que aqui caem,
Cruzam a areia,
Enchem os mares,
E percorrem os oceanos;
Amanhã desembocarão em alguma porta,
Baterão com tanta força
Que a porta se abrirá,
E assim, uma enchente transbordará tudo
E estará decretado o fim do tempo.