Tempo que não volta!
Esther Ribeiro Gomes
‘Deus pede estrita conta do meu tempo,
é forçoso do tempo já dar conta,
mas como dar, sem tempo, tanta conta,
eu que gastei sem conta, tanto tempo?’
(Laurindo Rabelo)
Deus me deu tempo de sobra,
para usá-lo com sabedoria,
mas nos meus ingênuos dias,
desperdicei-o sem me dar conta,
que o relógio não devolve as horas...
Hoje vejo o tempo que ainda me resta,
tal qual areia de ampulheta, a escorrer
e ainda há tanta coisa para fazer...
Mas o tempo, implacável, vai embora!
Aqueles que dispõem de muito tempo,
cuidem para que não seja desperdiçado,
pois os dias se esvaem como o vento!
Agora é tempo de amar e ser amado,
para depois não terem que chorar,
ao verem a felicidade longe deles passar!