Tempo que não volta!

Esther Ribeiro Gomes

‘Deus pede estrita conta do meu tempo,

é forçoso do tempo já dar conta,

mas como dar, sem tempo, tanta conta,

eu que gastei sem conta, tanto tempo?’

(Laurindo Rabelo)

Deus me deu tempo de sobra,

para usá-lo com sabedoria,

mas nos meus ingênuos dias,

desperdicei-o sem me dar conta,

que o relógio não devolve as horas...

Hoje vejo o tempo que ainda me resta,

tal qual areia de ampulheta, a escorrer

e ainda há tanta coisa para fazer...

Mas o tempo, implacável, vai embora!

Aqueles que dispõem de muito tempo,

cuidem para que não seja desperdiçado,

pois os dias se esvaem como o vento!

Agora é tempo de amar e ser amado,

para depois não terem que chorar,

ao verem a felicidade longe deles passar!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 10/06/2011
Reeditado em 15/06/2011
Código do texto: T3026388