SOPA DO ZARUR
SOPA DO ZARUR
eugenio malta
madrugada em juiz de fora
nas manhas da ditadura
zarur e’ servido na sopa
resistencia a noite acesa
faizao dourado no pos poente
gosto no desgosto da perda
sabor restante do amanhecer
garson da madrugada
prato dos “perdidos”
Gertrude Stein dos duros
nas antemanhas do ir dormir
tudo ja’ sem rima
sem eleicoes politicas
onde Deus e’ reeleito
vestido de estrelas e fusis
mas o tempo engoliu a morte
prendeu o monstro no proprio poder
amanheceu a noite escura de estrelas metalicas
revitalizou o folego de quem precisa cantar
a etica abriu mais do que mura
fica na lembranca o velho convite saudosista:
alguem ai’ pra tomar a sopa do Zarur comigo ?