<<< LÁBIOS ÚMIDOS >>>

De um lado, o corpo nu, sem defesa...

Na noite que, por amor, fica acesa!

Se trago os lábios úmidos é dessa paixão sem mácula que me cega

E tatuou no meu seio - o sentimento e a entrega.

Como luar deitado no caminho... o rio corre, vagaroso ao fundo.

Ai! Tanto amor sem culpa escorre pelo mundo!

De quem rasgasse um pouco de horizonte... tão proibido...

Tudo o que neles nos pareça é fogos de artifício!

...Por vezes, a nada se resume —

horas mortas, com seus queixumes

De poesia em seu olhar...

Se digo o mal de amor,

seu riso, seu espelho, é o que fica da dor.

Palavras do luto dos meus olhos:

Essa inocência do desconhecido.

E o que me dá saudade é tê-la em mim perdido.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 09/06/2011
Código do texto: T3023725
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