(((((:::::AOS POETAS:::::)))))
Deixa-me ser o ar nuns lábios,
um sopro vagabundo a contar contrários
cobriram silêncios, provaram mistérios,
fizeram amigos que nunca terei.
Bem sei - que poeta jamais serei
e os versos - vivi - eu fiz, nada inventei,
nenhum sucesso literário ou mesmo um livro bom para as estantes
meus escritos se perderão em abismos gigantes
entre as flores que desenhei e o perfume que em linhas derramei
— E de inspiração sofro de já ser aquilo que não sou,
Muito mais sofro de não ser aquilo que quero ser...
Para uns há de bastar-lhes o dinheiro,
para outros há de bastar-lhes o poder
para os poetas, basta-lhes apenas viver.