(((((:::::AOS POETAS:::::)))))

Deixa-me ser o ar nuns lábios,

um sopro vagabundo a contar contrários

cobriram silêncios, provaram mistérios,

fizeram amigos que nunca terei.

Bem sei - que poeta jamais serei

e os versos - vivi - eu fiz, nada inventei,

nenhum sucesso literário ou mesmo um livro bom para as estantes

meus escritos se perderão em abismos gigantes

entre as flores que desenhei e o perfume que em linhas derramei

— E de inspiração sofro de já ser aquilo que não sou,

Muito mais sofro de não ser aquilo que quero ser...

Para uns há de bastar-lhes o dinheiro,

para outros há de bastar-lhes o poder

para os poetas, basta-lhes apenas viver.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 09/06/2011
Código do texto: T3023084
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