Uma jovem em crise...

Por que as coisas mais fáceis

São as mais complicadas?

As vezes parece fácil o impossível

Mas as coisas demonstram angustias

Que nada mais do que as minhas.

Por que mundo você não me asfixia?

Tire o meu ar...

Faleça a minha alma...

Destrua esse ser de fraqueza...

E talvez as coisas parem de se desmanchar.

Ouviu isso?

Acho que não.

Ninguém ouve.

Ou devem fingir então.

Você me ouve?

Obtive experiência em viver.

Vai me recompensar?

Sei que sou apenas um peão.

Que a qualquer hora é descartado.

Você irá me descartar?

Sinto angustia em dizer.

Que o que eu ganhei é um dom.

Mas para que?

Por que eu?

Que não vê isso com olhos de bom grato.

Para que tenho esse dom?

Não consigo salvar a alma de ninguém...

Nem sequer a minha.

Para que estou aqui?

Para ver o meu mundo falecer?

Me destrua.

Acabe comigo como fez com tudo.

Tudo em mim é apenas...

Apenas...

Apenas o que?

O que?

Por favor eu suplico...

Eu minto...

Eu morro...

Layla Vimorat
Enviado por Layla Vimorat em 08/06/2011
Reeditado em 14/06/2011
Código do texto: T3022846
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