Sofrimento de um negro escravo.
Eram dias de trabalho e sofrimento.
Sofrendo na lavoura, no frágil momento o sol ardia em seu peito.
Sofria com a fome e com o medo.
Sempre revelava em si a coragem em resistir o que a vida colocava em seu caminho.
Sentia-se forte em resistir e fraco em ficar preso em correntes fúteis.
A cada dia que se passava mais sofrimento aparecia ao sentir a dor do chicote.
Pedia a Deus uma vida livre.
Agradecia por poder resistir tendo coragem de viver daquele modo.
Tendo ao lado a dor e na frente o medo.
Sentia seu coração sangrar de tantas punhaladas que levava.
Ao vê-lo sofrer o sol brilhava triste,a lua chorava e as estrelas o banhavam de luz.
Eu o via e através dos meus olhos
E minha alma o banhava junto com a chuva que resolveu cair
E meus sonhos o pegava pelos braços como a mão de Deus em sua cabeça.