Daquilo que não se espera
A dor que o destino
se pôs a escrever
nos canteiros floridos,
sufocou o perdão,
a saga dos fatos
qual filme na tela,
de longe revela
um outro brasão,
então o peito gritou
xingando a cabeça estúpida,
e quando tudo parecia sem rumo
veio um anjo abrindo um sorriso,
livrou-me do réu e deu-me o céu,
o anjo era azul, eu vi seu clarão,
e a vida de antes servida na mesa,
deixou a tristeza algemada ao porão.