Daquilo que não se espera

A dor que o destino

se pôs a escrever

nos canteiros floridos,

sufocou o perdão,

a saga dos fatos

qual filme na tela,

de longe revela

um outro brasão,

então o peito gritou

xingando a cabeça estúpida,

e quando tudo parecia sem rumo

veio um anjo abrindo um sorriso,

livrou-me do réu e deu-me o céu,

o anjo era azul, eu vi seu clarão,

e a vida de antes servida na mesa,

deixou a tristeza algemada ao porão.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 08/06/2011
Reeditado em 04/07/2015
Código do texto: T3022544
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