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PARAFERNÁLIA
O sono, consome os meus olhos;
Os problemas, a minha mente;
O amor, o meu coração...
Sou um herói
Neste ato “etiloempírico”.
(criei vozes, montei solução)
Em “baquites de Baco”,
Fui ao universo Machadiano.
Venerações mil.
Deuses e deusas da mitologia
Do Brasil
E da orgia
Consomem
“o coração de um pobre homem”... (Waldick Soriano)
Eu só quero a rima
a gia
a nefasta poesia.
Não quero nada
Nesta pobre estrada
Literária,
A não ser o estrondo
Desses infelizes incultos
E ocultos,
Quando acordarem
Para o “rombo” cultural
Desta minha jornada
No sub-imundo desse nosso mundo.
Danem-se, que eu não me chamo
Raimundo.
13.07.1989