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PARAFERNÁLIA


O sono, consome os meus olhos;
Os problemas, a minha mente;
O amor, o meu coração...
Sou um herói
Neste ato “etiloempírico”.
(criei vozes, montei solução)

Em “baquites de Baco”,
Fui ao universo Machadiano.
Venerações mil.
Deuses e deusas da mitologia
Do Brasil
E da orgia
Consomem
“o coração de um pobre homem”... (Waldick Soriano)

Eu só quero a rima
a gia
a nefasta poesia.
Não quero nada
Nesta pobre estrada
Literária,
A não ser o estrondo
Desses infelizes incultos
E ocultos,
Quando acordarem
Para o “rombo” cultural
Desta minha jornada
No sub-imundo desse nosso mundo.
Danem-se, que eu não me chamo
Raimundo.



13.07.1989
AJ Cardiais
Enviado por AJ Cardiais em 08/06/2011
Reeditado em 12/02/2012
Código do texto: T3022519
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