EM UM LUGAR QUALQUER
Deitada quentinha em nosso canto: A minha heroína...
Agitado estou a correr pelos cantos: O seu covarde...
Postura cândida de quem é santo: A minha menina...Agito tudo, balbucio,
por enquanto:
Só faço alarde...Sou parecido como aquele cachorro:
Que ao ver passar...Sai latindo pela ladeira do morro:
Atrás do carro...Quanto mais corre, ele corre mais:
Doido para alcançar...Mas se o carro para, ele para:
Ficando sem saber...O que fazer; Com o rabo a balançar...
Assim sou eu querida minha: Este velho que caminha...
A seu lado, ao seu canto, em sua vida: Por mais que me ignore,Não lhe deixo de chamar de querida:
Por mais que me esnobe,
Eu sei que é um orgulho passageiro.
Um dia qualquer,
Em um lugar qualquer,
Em qualquer hora.
O seu orgulho de mulher,
Vai precisar de chamar
o velho companheiro...
Goiânia, 08 de junho de 2011.