Indiscreto
Minha mente automaticamente
Aproveita meus cumes emocionais,
Meu ápices sentimentais
E trabalha poesias tão precisas com o momento
que até nem as escrevo,
Mas deixo que cheguem e que partam
Sem culpa ou ressentimento,
Como se eu fosse uma estação de trem
Onde esse tipo de poema invasivo
É o passageiro,
É o espectador mais indiscreto.
Há um ser vivendo em mim.
Continua efervescendo
As poesias que desejo
E as que desprezo...
É tão somente coração
Que não para, não se acalma.
E viola até o fundo escondido da alma.