O JEITO QUE SOU
Não adianta,
Eu sou assim:
Assado em forno.
E não sou de porcelana.
Não adianta,
Eu sou assim:
Cozido em banho-maria.
E não sou pudim.
Não adianta,
Eu sou assim:
Frito em azeite dendê.
E não sou godê.
Não adianta, eu sou assim
E não entro em forma,
Eu saio de forma
E sou como sou.
Avesso aos moldes
E canto minhas odes.
Eu sou o que sou.
L.L. Paraty, 23/07/2010
POEMA 215 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.