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TRÁGICA MENTE SÃ
A chuva cai... O tempo passa...
A maré cheia de cor vazia, neutra...
O dia em prantos
A lamentar o mundo
Salpicando de lágrimas
O verde tom da mata virgem...
Uma enxurrada de assuntos bélicos
Transpira de mentes absurdas
Obcecadas pelo poder.
E o meu coração bate, trabalha...
Acelera o compasso
A cada passo
Que eu dou...
Acelera o compasso
A cada passo
Que eu vejo
Rostos,
Corpos
E lábios femininos
Desfilarem em minha frente...
Acelera o compasso
A cada instante que eu vejo
O mar: Subir... Baixar...
O ar poluído se movimentar
E o verde,
Que tem vida como eu,
Sofrendo decepções
Com o animal racional
Que somos nós...
E assim
Diante de centenas de olhos,
Milhares de olfatos,
Ouvidos e tatos...
Aqui encerro mais uma:
“Tragédia Popular”
(sem happy end)
10.02.1982