O dia que era noite...
Então, aquele dia amanheceu...
Mas, das mãos da manhã, algo se perdeu.
E o pesado açoite
do meu destruído sonho de ti,
flagelou meu dia de sangrada noite.
Circunstante num grande e triste
olhar para o que nasce, mas não existe,
foi a saudade do que não houve que envolveu
aquele dia anoitecido de tristeza
e onde minha esperança se dissolveu.
Abrupta noite, melhor seria
se nunca tivesses sido dia!...
Sem ela - o meu sol - morre meu chão,
e, se nele ainda é possível nascer flor,
só vinga e cresce uma que se chama solidão.
Então, aquele dia amanheceu...
Mas, das mãos da manhã, algo se perdeu.
E o pesado açoite
do meu destruído sonho de ti,
flagelou meu dia de sangrada noite.
Circunstante num grande e triste
olhar para o que nasce, mas não existe,
foi a saudade do que não houve que envolveu
aquele dia anoitecido de tristeza
e onde minha esperança se dissolveu.
Abrupta noite, melhor seria
se nunca tivesses sido dia!...
Sem ela - o meu sol - morre meu chão,
e, se nele ainda é possível nascer flor,
só vinga e cresce uma que se chama solidão.