Passado

O Sangre que corre da carne em flor, batidas fortes de um coração enganado, ludibriado pelo destino...

Bate em retirada o sentir, o amar. Como uma casa que vela o seu morto, assim estou, assim está minh'alma...

Fragmentos de um tormento, um tornado vindo de todos os lados, vindo de dentro para fora. E agora? Como ficarei eu nessa rua de dores e lágrimas?

Lavarei a rua com minhas lágrimas, platarei flores para expurgar minhas dores, trocarei as roupas, tirarei o luto e estamparei minha vida...

Jogarei as sandálias no mar, andarei na beira descalço, sentirei a esperança de um novo dia, uma nova página, um novo capítulo...

Sorrirei quando te encontrar na rua, mentirei maquiando as dores de minh'alma... Até elas não mais me pertubarem...

Queimarei os restos do passado, símbolos agora de um único valor, o de passado.