Amor Dormente

Vais, levando errante, os sonhos que lhe dera
Nestas madrugadas em que meu corpo
Sobre o teu, ofegante a cavalgar
Foi corcel liberto, preso somente ao teu amar

Carregas longe cada lembrança quente
E fica no dormente a minha tristeza a espreitar
Talvez a noite chegue e eu adormeça
Aos braços dessa saudade pungente

Vida, Óh! Vida, que confunde todos os sentidos
E inoportuna toma as virtudes e os delírios
Dos que amam tão desesperadamente

E morrem um pouco a cada amanhecer
Não pelos dias que se passam lentos
Mas pela impossibilidade de tamanho amor esquecer.


Cristhina Rangel.


Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 07/06/2011
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