Se eras tu, não sei!
Dei-me conta somente ao despertar
Que minha pele ardia
E lembranças me tomavam
De um vulto alto e de tom culto, a voz
Cujos braços atrevidos
Tiveram-me envolvida
Numa volúpia enlouquecida
Não culpo o vinho!
Meus caminhos estavam tão perdidos
E deixei-me levar por eles
E cai num precípicio de beijos
E caricias de que careciam o meu corpo
Há tantas noites da tua ausência
Entreguei-me, e nem bem sei se tinhas
Olhares verdes, amendoados, celestes talvez?

Mas ainda queima feito inferno
Esses clarões em minha memória
Se eras tu, não sei!
Sei só do meus pecados
Que em outra boca confessei.
 
Cristhina Rangel. 
 
 
 
Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 07/06/2011
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