(((:::::RELACIONAMENTO:::::)))
Eu aguardei com lágrimas e o vento
no fumo do cigarro o surgimento anônimo
de lábios evidentes a possuir a alma
com chamas pelo corpo e gritos silenciosos nas pupilas.
Como soluça o vento e a tua voz, amor, como se cala!
Era sempre demais o curto espaço
Que havia entre nós dois...
Hesitavas e depois,
Com um gesto de tédio e de cansaço,
Dizia ser inconveniente o meu abraço.
De repente, se vira, e vai embora!
__ Fica. Inda é tão cedo!
O vento continua e eu ponho-me a pensar
E tenho medo!
Na sombra impenetrada,
Como se agita e se debate o vento!...
Céu apagado, negro, pessimista,
E tu sempre mais longe!...
Seria esta a nossa sina?
Amar tanto, que não nos entendemos?
De muito querer, sofremos?