emBALA-me...
Em teus braços, nesta tua fúria embala-me,
pois, sou refém, servo obediente a sua lascívia
e no aconchego de suas coxas repouso,
absorvo o femíneo perfume, logo, enlouqueço.
Estou teso sob o vosso úmido litígio,
não há respaldo, nem altercação,
é por tua vontade, tua fome insaciável,
que meu fôlego revigora e meus olhos brilham.
Então, embala-me em sua volúpia,
roça-me o rosto em teus seios fartos,
que em seus lábios envaideço minha rigidez.
Outrossim, vens a teu fiel serviente,
cavalgar este ardente e lúbrico desejo,
que sob teu corpo apenas aceito o ritmo,
mantenho-me rijo, permaneço acossado,
e serei músculos e nervos explodindo!
Por teu gozo, embala-me sem discrição,
usando e abusando de minhas conveniências,
usurpa-me todas as sensações e delírios
sentenciando-me a servidão omnipresente a teu orgasmo.