MENINO INFELIZ

Estou em frente ao computador,

Desinspirado, nada me ocorre

Há um vazio dentro de mim

São momentos...

Que não sabemos, o que pensar

De repente...

Lembramo-nos, de algo

Que nos aguça, a memória esquecida

Recuo então, no espaço e no tempo

Da minha infância

Lembro-me...

De um menino franzino

Irrequieto e triste...

Recordo uma criança pobre, e infeliz

Uma lágrima...

De repente escorre, pelo meu rosto

Aturdido!

Pensei em parar, mas...

Continuei...

Rebuscando no baú das minhas memórias,

Infelizes, mas reais

Imagens longínquas

Recordo o menino, pobre e triste

Que tinha fome...E não tinha pão

Arrepio-me, só de lembrar-me!

Decido então...

Repor novamente no sótão,

O Baú das memórias

Para que Repouse em descanso

Guardando no seu seio...

Imagens, que são marcas, que nos marcam

E que fazem de nós, o que somos hoje

Nesta passagem, da nossa existência.

Mário Margaride
Enviado por Mário Margaride em 26/11/2006
Código do texto: T301712