AMPULHETA DE BORBOLETAS

AMPULHETA DE BORBOLETAS

O tempo passa nas asas das borboletas

A areia já escorre mais nas ampulhetas

São trilhões de grãos de fina areia

Que na minha face compõe uma teia

Na eletrola escuto doces cançonetas

Da janela vejo a dança das borboletas

O relógio não marca mais os segundos

Os jovens já não são mais tão fecundos

As ampulhetas são quebradas em todos os planetas

Suas areias são usadas nos vasos onde ha violetas

O tempo nos quatro cantos é cantado pelas trombetas

São felizes apenas os velhos malucos e não os caretas.

Já vivi bem mais de trilhão de grãos

Já pise em tudo que são chãos

Mas minha vida é vivida agora

Então deixe me ser feliz vou embora

André Zanarella 12-04-2011