A alma e a esperança da poesia
As armas que parecem estar engatilhadas
A todo instante
No momento mais importante
E o sorriso que já não move o ar e não o inspira puro
Os socos que parecem não quebrar o muro
Podem cair do céu, podem quebrar o asfalto
Mas não olharão como um poeta lá do alto
O pesadelo de um mudo pior e um verso na calçada
Quase esquecido
Quiçá perdido em plena madrugada
Como valores derretidos pelo vento, os quais eram sólidos
E ao tornarem líquidos, nota-se a vida incompleta
Essa luz pode apagar, pode trocar o alfa e o beta
Mas não matará a alma de um poeta
Não matará a esperança de um poeta
Que quer falar de amor
Eu quero o seu corpo e o seu desejo de rir ou chorar
Eu quero os seus sonhos