Em luares de tormento
Não seria possível ver a saudade
Não seria possível tocar seus lábios
Apertar-lhe com as duas mãos a fronte
Não é possível esconder a saudade
Pois ela se despe no meio da rua
E joga na lama os sapatos
Espalha o conteúdo da bolsa pelas poças
A saudade lambe as lágrimas pelo chão
E acende o firmamento
Em luares de tormento