Inconstâncias
Sinto sua ida
como quem não sente
nada pra compor,
espero na chegada
outra causa errada
pra pausar a dor,
e depois sorrindo
tento definir
o que me restou.
Noutro universo
já sou réu confesso
a espera do perdão,
como um alucinado
que fez tudo errado
quero a remissão.
Já noutra ciranda,
vou em outra banda
mudo a opinião,
invento um absurdo
calo e fico mudo
pra você não ver,
e depois rezando
fico lhe esperando
só pra lhe dizer,
que eu não aceito
que me deixe assim.
Sei sou complicado
louco e alucinado
e, mesmo todo errado,
morro por você.