Amálgama
Transcorre o tempo frívolo
e lúdico se faz meu apelo,
entre um tema e outro,
sou mais que ilusão,
menos que desejo.
A divisão das incógnitas
busca a liga diáfana
parindo minh’alma
de fonte de dúvidas,
de resto de ideias,
de acertos precários.
Essa amálgama se funde ao avesso
pra ter, no começo, o enredo de eras,
já fui primavera, também fui verão,
o outono me espera para outro invernar.
O ensejo rima meu sonho
mas ignora meu despertar.
Minha ilusão passageira
é vez primeira para morrer,
e, nessa busca de antes,
minh’alma repousa,
para de novo nascer.