NO TEMPO
Quero não sentir o tempo e, que no final, ele não me detone.
Seja esse tempo um deus de pedra, pesado e imóvel, que seja fraco.
O tempo confunde com seus nervos de concreto, que racham e despedaçam.
De concreto, que tenha imobilidade, e assim seja observado e linchado por olhares transeuntes.
Não com o puro egoísmo, posto que Deus é forte ao passar das horas e dias.
No tempo eu não espero por Deus e sua compaixão, peço-lhe que arrebente as ampulhetas e os ponteiros.
Estoure os vitrais de toda construção humana estática - estou no tempo, sem templo.
O restará é apenas a dinâmica dessa salvação!