NO TEMPO

Quero não sentir o tempo e, que no final, ele não me detone.

Seja esse tempo um deus de pedra, pesado e imóvel, que seja fraco.

O tempo confunde com seus nervos de concreto, que racham e despedaçam.

De concreto, que tenha imobilidade, e assim seja observado e linchado por olhares transeuntes.

Não com o puro egoísmo, posto que Deus é forte ao passar das horas e dias.

No tempo eu não espero por Deus e sua compaixão, peço-lhe que arrebente as ampulhetas e os ponteiros.

Estoure os vitrais de toda construção humana estática - estou no tempo, sem templo.

O restará é apenas a dinâmica dessa salvação!

Zanarde
Enviado por Zanarde em 03/06/2011
Reeditado em 04/10/2012
Código do texto: T3012091
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