Decadência

Não entendo meu senhor

As razões do homem

Não sei mesmo o que virá

No amanhã que nos consome.

Não acredito nem um pouco

Nesse afã da afirmação

E nem sei mesmo o porquê

Que o homem cria essa questão.

Só de olhar as loucuras que fizemos

A gente pode bem no íntimo assimilar

Essa tortura que vivemos no planeta

O tempo cobra e alguém tem que pagar.

Nosso futuro já está comprometido

Alguém precisa resolver o que fazer

Não é possível que presenciamos tudo

Assim estáticos, com tanta coisa a resolver.

As atitudes pulam sempre ao outro lado

E nesse engodo só vemos destruição

De mãos atadas todo mundo permanece

E a ganância protegendo a aberração.

Não adianta só falar ou protestar

É preciso mudar o rumo do percurso

Por a mão na massa fazer o que é preciso

Deixar a filosofia e abandonar o tal discurso.

Poetas, artistas e todo cidadão de bem

Entidades, governos e também a sociedade

Precisamos deixar de tanta propaganda

Para fazer as mudanças de verdade.

Águas, pássaros, bichos e florestas

Realmente temos que recuperar

O chato é que muitos não se importam

Estão se lixando com o futuro que virá.

Só que esquecem:

Arrasamos com o passado...

Estamos destruindo o presente...

Para sermos aniquilados no futuro.

Será mesmo, que teremos o futuro?

Você pode dizer:

O futuro a Deus pertence.

E eu posso perguntar:

E a imbecilidade, pertence a quem?

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 03/06/2011
Reeditado em 04/07/2015
Código do texto: T3011598
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