DEFINIÇÃO
Dedicado aos poetas da Vila Brasilândia, Zona Norte, São Paulo, Br, de ontem, de hoje.
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Estou vivo e presente
Acordado
Ligado na eletricidade
220 volts na veia
E não me presto a certos modismos
Ondas
Sou uma corrente elétrica
Faiscante
Noutras, válvula fora de uso
Mas plugado na veia do planeta
Eu sei aonde meto
Meu bedelho
Mas arrisco às vezes
E cutuco onça com vara curta
Sou pedra bruta
Metal
Não derreto fácil.
Não tem jeito
Manifesto-me sempre
Rejeito o injusto
Sou uma luz acesa no gueto
Sujeito a estilingadas e tiros
Quando pouco.
Estou Vivo e presente
Não vacilo
Sacudo poeira
Não presto a certos ritmos
Sou macaco velho
Não pulo de galho em galho
Ponho a boca no trombone
Feito vitrola que esguela na boca da favela
Velhas canções de Jorge Ben
Para quem vai
Para quem vem
Samba-rock,
Samba-funk, meu irmão
Tambor da selva
Uma África na tomada
Ressoa no meu peito
E ecoa feito um bluesman-nego-véio.
Sou uma luz acessa no poste
Da vila
Sujeito a tempestades, raios e trovões.
A um tiro
Quando pouco