MORTE DO SERAFIM

MORTE DO SERAFIM

Estou olhando o poente

Sinto-me muito doente

Abro meus três pares de asas

Todas queimam como brasas

Risco o fósforo para a vida

O mar é minha via de ida

Onde foram parar as perspectivas?

As placas não me mostram alternativas.

Abro minhas seis asas para o universo

Carros passam por mim em meus versos

Risco o fósforo para queimar o dedo de Deus

E acabo virando bola de fogo e dando adeus.

André Zanarella 16-05-2011