Um filho é depositado nos braços de uma estátua!(Poema 35)
Braços erguidos fixamente a
Estátua tem; o zinco
Brilha sob o sol de verão
Tórrido, pequenos reflexos de
Luz podem ver-se sob a estátua.
Nela não há objetos sagrados,
Apenas o chão e a estátua
Dividem um espaço frequentado.
A estátua tem um ar
Inquieto, elevado, sonhador...
Serenamente deseja pousar a
Mão no chão e com ele
Riscar pequenos desenhos
Em todo o espaço...
Porém essas mãos carregam
Um corpo infantil aniquilado
Por morte repentina, o pai a
Coloca e clama aos céus
Perguntas rápidas e cortantes.
O silêncio do local é o
Único companheiro de
Um pai suplicante por uma
Resposta a qual a estátua
Ignora conhecer.
Criança morena, de olhos
Parados e opacos,
Morte veloz a
Consumira e
Nenhuma palavra pôde
Sair de sua boca
Pequena e fina.
A estátua acolhe
A criança e o olhar
Em sua face é duro e
penoso.
As lágrimas do pai aos
Pés acende-lhe como um
Fogo, e brasas de compaixão
Semeiam novas enchentes e
Constelações estelares multiplicam-se.