Meu teatro particular
Ando preso de encantamento
pelos mistérios de uma musa,
só não entendo o que fazer
com essa cabeça tão confusa.
Entre o céu e o inferno
deve haver um ponto neutro,
entre a fúria e o desatino
há de existir o equilíbrio.
Onde há causa, há sentido,
resultado inconsequente,
e o migrar da poesia
põe no dia, outra vertente.
E o poeta então se perde
ao descobrir a ilusão,
queda triste, perde o tino,
e quem paga é o coração.
Se hoje ensaio uma peça
nesse teatro surreal,
deixei de ser coadjuvante,
para ser ator principal.
Mas tão confuso, perdi o script.