Poeta Cismado
Por um erro de digitação
deixei a estupidez
brigar com meu eu insano,
e dei de amansar burro bravo.
Por cismar versar tão fraco
fiz a ponte entre o espírito mau
e a maldade precocemente impune,
mas, inventei amansar touro bravio.
Hoje peão errante ando verso solto
e morro no porvir do nada,
mochila nas costas
trabalho com a parca ração
que a vida me ofertou.
E desconfio mesmo que
a sobra que me impôs o sonho,
anda por aí medindo palmo a palmo
o desfecho de outra jornada.
Poeta não aceita rédea
não nasceu para ser bajulado,
então deixo aqui o adeus
e somente quem me ama saberá de mim.