Mundinho

Rio, 23.08.09.

Mundinho.

Não sei se todos se dão conta

dessa minha impressão,

de que todos advimos de um mundinho

pequenininho, que se estivesse

numa camisa social, teria

a medida de um botão.

Um dia, cedo ou tarde

por motivos semelhantes ou não,

somos de lá tragados por uma

sociedade que diz: O universo

é um gigante em eterna expansão.

Lá cabia pouca coisa é verdade,

mas toda coisa embebida de emoção,

era tanta empatia, romantismo,

ingenuidade, compaixão e tantas

outras características que

a dura realidade da vida

extravia ao coração.

Hoje sei que esse vazio que

me arde no peito, vestido pela

camisa social (em meio a multidão)

é pura saudade do meu mundinho,

pequenininho, que

que cabia num botão.

Clayton Marcio.