Incerteza II

Transemos a nossa vaidade

Num palco às avessas

Na taça, o vinho da liberdade é fel

Em seu amargor a resolução:

Envenenar nossos lábios

É cumprir o seu papel.

Enquanto contemplamos,

Nosso efêmero existir,

Num quadro pintado de céu.

Na loucura despida

Do que há de realeza

O pão da sorte não nos dá sorte

Mas a beleza põe mesa

Os nossos sonhos rotulados

Driblam o presente

Porque o futuro da certeza,

Não nos dá certeza.

José Maria de Carvalho
Enviado por José Maria de Carvalho em 02/06/2011
Código do texto: T3009309
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