Exatamente assim espero meu verso

Esse matinho sem valor que sob a chuva rebrilha

Desse jeito quero meu verso

Essa aragem de fim de tarde

Quieta e agoureira

Assim eu quero meu verso

Bem assim, disperso

Como um papel ao léu jogado

Levando um recado de amor

Exatamente assim espero meu verso

Uma criança maltrapilha

Correndo na trilha

Sem saber aonde vai

Desse jeito amo meu verso

Um menor abandonado com quem me sento e converso

Eis o meu verso

Verso pobre, judiado

Verso mal amanhado

Verso que vive acordado

Verso do próprio verso

Muita alegria e honra com a intervenção poética de DILCETOLEDO:

Esses seus versos

Que trilham por diversos caminhos

Sem se importar com a distância

E nem com os espinhos

Rodopiam em volta do destino

E abraçam a alma do desatino!

taniameneses
Enviado por taniameneses em 01/06/2011
Reeditado em 05/06/2011
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