Exatamente assim espero meu verso
Esse matinho sem valor que sob a chuva rebrilha
Desse jeito quero meu verso
Essa aragem de fim de tarde
Quieta e agoureira
Assim eu quero meu verso
Bem assim, disperso
Como um papel ao léu jogado
Levando um recado de amor
Exatamente assim espero meu verso
Uma criança maltrapilha
Correndo na trilha
Sem saber aonde vai
Desse jeito amo meu verso
Um menor abandonado com quem me sento e converso
Eis o meu verso
Verso pobre, judiado
Verso mal amanhado
Verso que vive acordado
Verso do próprio verso
Muita alegria e honra com a intervenção poética de DILCETOLEDO:
Esses seus versos
Que trilham por diversos caminhos
Sem se importar com a distância
E nem com os espinhos
Rodopiam em volta do destino
E abraçam a alma do desatino!