A NOITE VAZIA

A noite mais triste

Não foi aquela que perdi o sono.

A noite mais lúgubre

Não foi aquela que o galo cantou três vezes.

A noite mais soturna

Não foi aquela que o Anjo do Senhor visitou o Egito.

A noite mais fria

Foi aquela em que meu pai

Saiu de braços dados

Com a Dama de Roxo.

MÃO ATADAS.

Resta-me re/vê-lo

Em uma pedra suja de óleo,

Em um anel de rubelita,

Em um topázio...

...mas ainda há o silêncio de sua voz e este vazio

de amor divino.

L.L. Bcena, 26/10/2001

POEMA 130: CADERNO: PERDIDOS E ACHADOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 01/06/2011
Código do texto: T3007484
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.