CHEIA DE GRAÇA
É a mulher que chora
de felicidade e sorri
quando segura o pranto.
É aquela que precisa gritar
e acoberta em suave canto
o horror da alma ferida.
É a mulher que ama
quem a despreza; não se queixa.
Enigmática, leva a cruz.
É também a que olha
mas ainda não vê o sentido da vida;
no entanto, reza e crê.
Dos sentimentos é ela
a guardiã e mensageira
virtuosa, sem jaça.
Presença mansa,
mulher que pensa e seduz,
avança carismática.
Cheia de graça é a mulher
que deixa por onde passa
um rasto de LUZ.
Lina Meirelles
Rio, 31.05.11