Enfim, o fim

E me jogo, me perco

num calabouço de lembranças,

mergulhado num mundo que passou,

que me despreza e insiste em não voltar.

E ao olhar no espelho,

não me reconheço.

Quem é este que roubara meu eu?

Pobre coitado...

E busco o consolo,

Mas me rendo à ilusão.

Já não luto com o acaso.

Espero a indesejada me afagar.

E sentado inerte,

afugento meus anseios.

Agradeço aos meus e,

enfim, me lanço ao fim.

Bruno R Santos
Enviado por Bruno R Santos em 31/05/2011
Código do texto: T3006100
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