No mundo

No mundo.

Quando estou no mundo: sinto

Os cheiros, as mãos, as pernas aveludadas d’ela

Com suas delicadas tramas epidérmicas

E seus caninos alegres como

Seus desajeitados cabelos e:

Volto – na solitude densa e majestosa

Sinto o farfalhar das asas poderosas

Do Anjo: sério e piedoso, ebúrneo, catedral – pairando...

Gerando uma brisa estática, indefinível aço líquido.

Potencia – ele – branco e imenso

Eu , miúdo e intenso.

Com ânsias de anjo.

Luizz Antonnio
Enviado por Luizz Antonnio em 31/05/2011
Código do texto: T3004987