No mundo
No mundo.
Quando estou no mundo: sinto
Os cheiros, as mãos, as pernas aveludadas d’ela
Com suas delicadas tramas epidérmicas
E seus caninos alegres como
Seus desajeitados cabelos e:
Volto – na solitude densa e majestosa
Sinto o farfalhar das asas poderosas
Do Anjo: sério e piedoso, ebúrneo, catedral – pairando...
Gerando uma brisa estática, indefinível aço líquido.
Potencia – ele – branco e imenso
Eu , miúdo e intenso.
Com ânsias de anjo.