Visão
Minha visão da morte
É a visão do sono
E o sono estar sempre...
Para o despertar
Logo, não há saída
A não ser seguir em frente
Sigo caindo, levantando... Não consigo desistir!
Meu coração desfalece
E meu objetivo parece tão distante
E ponho-me a pensar
O quanto ainda consigo andar...
Conto apenas com o acalento do sono
Deixo-me guiar pela certeza
De não poder parar a ampulheta do tempo
Deixo-me esvair como a areia...
Até o criador do universo
Reter minha continuidade
Enfado, tristeza... Desmotivo
Mas nunca o parar
Pés sangrando, chagas espalhadas pelo corpo
Nua, desprovida de defesas
Tendo só a poeira da estrada a me cobri..
Incansável busca pelo bálsamo libertador da paixão
Nua, desprovida de defesas...
Troco o pó, pelo diáfano tecido da fé
Tênue fé,
Que me reveste a alma cansada
Minha visão da morte
é a visão do sono
E o sempre desperto do sono
Para a realidade da vida.