Letárgica manhã

Nas névoas desse dia frio

Escondo minha tristeza

Embalada pelo silvar do vento

Procurando consolar minha alma na certeza

Que as estações precisam acontecer

Para a vida prosseguir no seu morrer, nascer...

Apego-me a realidade

De que flores lindas nascem

Entre os musgos escondidos nas mais altas montanhas

Sabendo que a existência delas,

Depende das condições gélidas e isoladas do lugar

Estou buscando colher flores de aprendizado

Nos meus momentos gélidos

E aparentemente estéreis

Aguardo a primavera de minhas emoções

Hibernando nestes versos

Letárgica, aparentemente inerte

Escondo-me em momentos de reflexão

Aguardando o despertar da semente em mim

De seu sono transformador no seio da terra.

Mais preciso fertilizar meus sonhos

Amar de novo...

Só assim brotaram as flores de novos sorrisos.

Mas, por enquanto, assim estou

Embalada pelo silvar do vento

Aguardando a passagem das estações.

Observadora
Enviado por Observadora em 31/05/2011
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