Letárgica manhã
Nas névoas desse dia frio
Escondo minha tristeza
Embalada pelo silvar do vento
Procurando consolar minha alma na certeza
Que as estações precisam acontecer
Para a vida prosseguir no seu morrer, nascer...
Apego-me a realidade
De que flores lindas nascem
Entre os musgos escondidos nas mais altas montanhas
Sabendo que a existência delas,
Depende das condições gélidas e isoladas do lugar
Estou buscando colher flores de aprendizado
Nos meus momentos gélidos
E aparentemente estéreis
Aguardo a primavera de minhas emoções
Hibernando nestes versos
Letárgica, aparentemente inerte
Escondo-me em momentos de reflexão
Aguardando o despertar da semente em mim
De seu sono transformador no seio da terra.
Mais preciso fertilizar meus sonhos
Amar de novo...
Só assim brotaram as flores de novos sorrisos.
Mas, por enquanto, assim estou
Embalada pelo silvar do vento
Aguardando a passagem das estações.