INFELIZ MULHER

Pobre da bruxa Ardnas!

Quer parecer fada

E até acha que anjo é.

Veste-se de couro

E enfeita-se de ouro.

Come conflito

Achando que o Sul é o Norte,

O Oeste, Leste.

Gostaria de ser Sofia,

Nem Hécate é.

Tudo nela é maldade

E o tempo vai lhe despindo

Nem restando vaidade!

A natureza vai lhe desnudando

Mostrando sua falsidade.

Seus sortilégios enfraquecem

Fortalecendo-me.

Para ela hão de retornar

E seu fim será tão triste

Que Jezabel há de dizer:

“mais bem-aventurada fui

Do que esta infeliz mulher”.

Ardnas, tu arderás....

L.L. Bcena, 26 /10/2001

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 31/05/2011
Código do texto: T3004887
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