INFELIZ MULHER
Pobre da bruxa Ardnas!
Quer parecer fada
E até acha que anjo é.
Veste-se de couro
E enfeita-se de ouro.
Come conflito
Achando que o Sul é o Norte,
O Oeste, Leste.
Gostaria de ser Sofia,
Nem Hécate é.
Tudo nela é maldade
E o tempo vai lhe despindo
Nem restando vaidade!
A natureza vai lhe desnudando
Mostrando sua falsidade.
Seus sortilégios enfraquecem
Fortalecendo-me.
Para ela hão de retornar
E seu fim será tão triste
Que Jezabel há de dizer:
“mais bem-aventurada fui
Do que esta infeliz mulher”.
Ardnas, tu arderás....
L.L. Bcena, 26 /10/2001